quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

E os mitos começam a cair...

A agricultura brasileira precisa de mais Código Florestal, não de menos. Quem o diz, dessa vez, não é o Greenpeace ou qualquer outra organização ambientalista. Mas a ciência. Num documento elaborado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pela Academia Brasileira de Ciência (ABC), os dois principais grupos científicos do Brasil botam em xeque o argumento dos ruralistas de que a lei que protege nossas matas precisa ser suavizada para viabilizar a agricultura.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo publicada nesta quinta-feira, o documento reitera que o país já tem terra aberta de sobra para que a agropecuária continue a se expandir. Além disso, as organizações criticam as reduções das Áreas de Preservação Permanente (APP) e das reservas legais, duas das principais bandeiras do projeto que está em tramitação no Congresso. E diz que se essas mudanças ocorrerem, quem vai sair perdendo é a própria produção nacional.
A posição da SBPC e ABC deixam os ruralistas numa saia justa, já que eles diziam aos quatro ventos que suas propostas tinham todo o aval do mundo científico. Ao mesmo tempo, outro mito usado pela bancada era de que as alterações no Código fariam um bem danado aos pequenos agricultores. Pura balela. Os principais movimentos sociais do país já disseram com todas as letras que o projeto de lei assinado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) só interessa mesmo às grandes empresas que tocam o agronegócio.
O último comunicado que saiu, no início da semana, veio da Via Campesina, apoiado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Comissão Pastoral da Terra, Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) entre outros. Os aliados de mentirinha que a bancada ruralista dizia ter começam a cair.

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